
A seqüência de ROBIN, também conhecida como síndrome de Pierre Robin, é
descrita na literatura como uma patologia neonatal caracterizada pela tríade:
micrognatia, glossoptose e fissura palatina. Embora seja este o conceito mais comum
encontrado para tal malformação, ainda existem controvérsias tanto sobre sua
definição quanto sobre sua etiologia. A micrognatia (hipodesenvolvimento mandibular)
e a glossoptose (deslocamento posterior da língua que causa obstrução na faringe) são
as duas características consensuais presentes na definição de todos os autores
pesquisados. A fissura palatina, por sua vez, constitui um achado comum, mas não
constante na opinião de Martinelli e Martinelli (1991). Segundo Altmann (1994) e Lopes
e González (1998), a fissura palatina em forma de “U” ou “V” está presente em 60% a
80% dos casos. Contradizendo estes dados, o estudo realizado por Marques (1995)
demonstra serem raros os casos de seqüência de ROBIN sem fissura de palato.
Altmann (1994) acrescenta outras características encontradas nesta malformação:
obstrução respiratória, fissura submucosa e retardo mental (em baixos percentuais)
destacando a elevada incidência de palato ogival na presença ou não de fissura de
palato.
Nos portadores de seqüência de ROBIN isolada os problemas iniciais parecem
restringir-se às dificuldades alimentares e às dificuldades respiratórias, conseqüentes
da obstrução aérea. Segundo Marques (1995), a deficiência de crescimento e
desenvolvimento normalmente observados nestes bebês está relacionada à gravidade
da obstrução do fluxo de ar.
Clinicamente, estes sinais se expressam por respiração estridente, crises
recorrentes de cianose, protrusão da porção superior do tórax e retrações do externo
em função da dificuldade respiratória. A alimentação deficiente, fruto das dificuldades
de deglutição, pode induzir à desnutrição. Freqüentemente ocorrem engasgos e
vômitos e, não raro, observa-se casos de broncoaspiração.
A tríade de anomalias e o quadro clínico resultante desta já haviam sido
descritos na literatura quando, em 1923, o estomatologista francês Pierre Robin
introduziu o termo glossoptose para definir a queda da língua sobre a hipofaringe,
causando a obstrução das vias aéreas.
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http://www.cefac.br/library/teses/be9edde4b9af606719e66e5099f5afbb.pdf

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