Olá!!! Como eu tenho muitas dúvidas sobre como e o que é esse exame, pesquisei e postei aqui pra quem se interessar.
Audiometria de Tronco Cerebral (BERA)
BERA é um exame digital que analisa o potencial evocado auditivo(uma resposta emitida pelo nervo auditivo ao ser percorrido por um impulso nervoso que neste caso é desencadeado por um som). O ouvido humano está ativo vinte e quatro horas por dia quer o indivíduo esteja acordado, dormindo ou sob efeito de sedativos e mesmo anestésicos. Para que o impulso nervoso seja desencadeado é necessário que o som chegue ao tímpano, percorra os ossículos do ouvido (martelo, bigorna e estribo) e chegue à cóclea, onde a energia mecânica é transformada em energia elétrica e assim “começa” o impulso nervoso.À medida que o impulso nervoso caminha pelo nervo auditivo para chegar ao cérebro ele vai gerando um potencial (chamado de potencial evocado auditivo) que é captado pelo equipamento conectado à pessoa e transformado em dados que são armazenados na memória de um microcomputador para posteriormente serem analisados e transformados numa curva que é interpretada pelo médico.Assim, o BERA pode ser realizado em qualquer idade, desde recém-nascidos até idosos, acordados, dormindo (sono natural ou anestesia geral) ou em coma.Realização do BERA: O paciente precisa ficar imóvel (acordado, sedado ou sob anestesia geral).
Indicações no caso de recém-nascidos:
Ruído da UTI neonatal e da incubadora1. O Joint Committee on Infant Hearing da American Academy of Pediatrics enumera os Fatores de Risco para deficiência auditiva:· Apgar inferior a seis no quinto minuto;· História familiar de deficiência auditiva congênita;
· Infecções neonatais STORCH (SIDA, Toxoplasmose, Outras infecções tipo sífilis, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes sistêmico);· hiperbilirrubinemia – encefalopatia bilirrubínica;· septicemia neonatal/meningite;· hemorragia intraventricular;· convulsões ou outras doenças do sistema nervoso central;· anomalias craniofaciais;· espina bífida;· defeitos cromossômicos;· uso de drogas ototóxicas; p· peso abaixo de 1500 g;
· ventilação mecânica por mais de cinco dias.
2. Na encefalopatia bilirrubínica há alteração de PI-V que associada à bilirrubinemia pode ser um indicador precoce para exsanguineotransfusão.3. Observa-se no lactente: no primeiro quadrimestre há um elevado grau de disfunção auditiva por imaturidade das células auditivas; no segundo quadrimestre há alto índice de normalização; no terceiro quadrimestre apenas 5-10% permanecem com deficiência auditiva.
Para a triagem de recém-nascidos, o BERA, apresenta vantagens como: o uso de estímulos menos intensos, próximo ao limiar, tornando possível detectar formas mais leves de deficiência auditiva; a capacidade de detectar perdas auditivas unilaterais e bilaterais e o uso de uma medida fisiológica que depende de uma resposta sensorial. As limitações da técnica incluem o custo e a natureza sofisticada da instrumentação.
Uma criança que não passa na triagem do BERA no berçário de terapia intensiva deve ser retestada posteriormente sob condições mais favoráveis.
Desta forma, avalia-se a integridade neural das vias auditivas, da sua porção periférica até o tronco cerebral, detectando perdas auditivas leves a profundas, unilaterais ou bilaterais.
Além do aspecto auditivo, este exame nos dá informação sobre a condução do estimulo apresentado avaliando assim a maturidade neurológica do neonato, pelo tempo de latência de suas respostas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário